sábado, 19 de dezembro de 2009


Até ao longiquo
Que os meus olhos alcançam
Há sonhos que se aproximam de mim
E aqueles que eu deixei para trás
Que sempre partilharam
Os meus pensamentos
E que seguir-me-ão onde eu for
Que que saibam
Que quando eu for velho e sensato
Palavras passadas
Nada significam para mim
E qualquer dia pela nevoa do tempo
Se me perguntarem se vos conheci
Sorrirei e direi que eram meus amigos

Se uma lágrima te cair
Ao ver chegar o fim
Toma cuidado, muito cuidado
Que a saudade começa assim

(...)

A.H.

Tenho 19 anos.

Tive ontem a minha última aula de licenciatura.

Inacreditável.

O nosso tempo passou.

O tempo da descoberta, da ingenuidade e da inocência. O tempo das mil fotografias, das figuras tristes e das gargalhadas nos corredores que nos faziam deitar no chão com as lágrimas nos olhos. Passou o tempo de tantas canções feitas em conjunto e das parvoíces no estúdio de rádio. O tempo das tardes sem trabalhos e preocupações numa esplanada e o das noites com mil histórias para contar. O tempo da esperança.

Este é hoje o tempo de outros.

E o nosso tempo passou.

Guardo o eco das gargalhadas, o coração acelerado pelas novas experiências. Guardo fotografias, gravações e vídeos que me trazem “emoções que dão vida à saudade” Guardo o que resta da esperança de ser mais e fazer melhor. Guardo momentos únicos e pessoas especiais. E levo segredos. Tantos. Para a vida.

(E continua a ser inacreditável)

A.H.

domingo, 13 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tenho saudades disto.


A.H.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A letra de uma das músicas do novo álbum de Tiago Bettencourt & Mantha. Vai sair no início de Março.

(e eu faço anos a 14 de Março!)


...

Tenho o teu abraço cheio

com a solidão no meio

que não deixa abraçar

Tenho o teu olhar presente

e o desenhar do movimento

do teu corpo a chegar

Tenho o teu riso sentado

e o misterio do teu lado

que preciso desprender

Tenho o corpo a correr

Tenho a noite a trespassar

Tenho medo de te ver

É perigoso este perfume

e a memória do teu nome

é de fogo o que nos une...

tenho o espaço indeciso

dá-me mais porque preciso

mais um sopro do que tens

Mesmo longe caem rosas

como pedras preciosas

que confundem a razão

O mistério do teu lado

entre o certo e o errado

bem e mal em discussão

Volta o teu abraço cheio

com o coração no meio

volto eu a disparar

Não percebo o que é que queres

Diz-me tu o que preferes

Ir embora ou ficar?

Este tempo intermédio

Entre a paz e o assédio

Não me deixa evoluir!

Não é dor nem fogo posto

é amar sem ser suposto

é dificil resistir...

deixa andar, deixa ser

quando queres entender

o que não podes disfarçar

escolhes não sentir

mas não é teu para decidir

se faz bem ao coração

largar o que é em vão

Meu amor esta vontade

Meu amor se é verdade

Meu amor se queres saber

Abre espaço no que é teu

Para te dar o que é meu

Deixa andar... deixa ser.

faz bem ao coração

largar o que é em vão



A.H.